
Oportunidade para aprender a ler e escrever, garantindo conhecimento, cidadania e dignidade. O programa ‘Sim, Eu Posso!’, realizado pelo Governo do Estado, já promoveu a alfabetização de mais de 20 mil pessoas, em dois anos de atividades. Já com o Brasil Alfabetizado, programa executado em parceria com o governo federal, são cerca de 50 mil alfabetizados.
Atendendo a pessoas de baixa renda, comunidades rurais e indígenas, as ações promovem o aprendizado, de forma gratuita e acessível. No Dia Nacional da Alfabetização – 14 de Novembro – a iniciativa é motivo para comemorar o alcance dos milhares de jovens e adultos tirados da escuridão com a chance de se alfabetizar.
“O governador Flávio Dino sempre reforça que nós faremos uma intervenção, mas, uma intervenção constitucional educacional e a melhor que existe: construindo, reformando escolas e alfabetizando as pessoas. O programa promove essa revolução ao abrir as mentes e mudar os pensamentos, levando conhecimento e dignidade”, disse o secretário de Estado de Educação (Seduc), Felipe Camarão.
O ‘Sim, Eu Posso!’ garantiu alfabetização a jovens, adultos e idosos de 15 municípios incluídos no programa estadual Mais IDH. O processo de aprendizado tem base em método cubano e caráter multidimensional – desde a mobilização para atrair novos alunos, até o acompanhamento diário das atividades e profissionais. Desenvolvido com apoio de professores das cidades atendidas, o programa contou ainda com ajuda de voluntários. A alfabetização é concluída no prazo de oito meses.
Um dos princípios dos direitos universais dos direitos humanos é o acesso à educação e com ela se pode mudar a triste realidade do povo do Maranhão, pontuou o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Francisco Gonçalves. “O hino do Estado do Maranhão fala de forma muito clara ‘a liberdade é o sol que nos dá vida’, por isso ‘Sim, Eu Posso!”, enfatizou o gestor.
As comunidades indígenas também são contempladas com a iniciativa do Governo do Estado. Na aldeia Urucu, zona rural do município de Itaipava do Grajaú, o entusiasmo dos alunos se sobrepôs às dificuldades. Para a índia Iran Costa Guajajara, 33 anos, a ação “é uma boa chance de aprender a ler e conhecer mais as coisas”. Com as aulas do programa ela começou a ensaiar algumas palavras em português.
O processo de mobilização para integrar as pessoas no programa foi articulado entre a equipe do Mais IDH, vinculada à Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), prefeituras, sindicatos, movimentos sociais e instituições. Para motivar os alunos, a estratégia dos alfabetizadores é tornar o espaço da aula mais próximo da realidade, partilhando valores humanos e trocando experiências.
O aprendizado promove a mudança dos alunos e abre portas para alcance de novas oportunidades. A produtora rural Maria de Jesus Silva Moraes, de 56 anos, do município de Água Doce do Maranhão, tinha dificuldade de ler nomes e com o projeto, pôde aprender. “Agora, posso ler a bíblia, que gosto muito, e agradecer a Deus e ao governador Flávio Dino. Eu acreditei que essa era minha oportunidade. Antes, eu só conhecia as letras, mas não sabia unir para ler. Hoje, assino meu nome bem rápido, leio e isso abriu a minha mente”, afirmou.
“Eu fui fazer uns exames, e quando recebi o resultado e consegui ler,
vi que tinha aprendido. Quando eu comecei a ler os primeiros nomes, eu
chorei, só de alegria”, revelou João Paz Amorim, morador do povoado
Jatobá, em Itaipava do Grajaú. Itaipava do Grajaú é um dos 15 municípios
atendidos pelo ‘Sim, Eu Posso!’.
A professora Lucinda Ribeiro, do município de Aldeias Altas, comemorava duplamente a alfabetização dos pais Manoel Ribeiro da Rocha e Maria das Graças Ribeiro da Rocha – como filha e também como professora. “A experiência do ‘Sim, Eu Posso!’ tem sido muito boa, porque além de dar aula, trabalhar com os familiares da gente é ótimo. Foi muito emocionante! Os meus pais não tiveram a oportunidade de estudar no tempo certo, e hoje eles sabem ler, escrever e até recitar poema”, comemorou.
O Dia Nacional da Alfabetização é comemorada desde 14 de Outubro de 1966, criada em homenagem à criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1930, a partir do Decreto de Lei nº 19.402. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da implantação de melhores condições de ensino e aprendizagem no país. Iniciativas como o ‘Sim, Eu Posso!’, do Governo do Estado, contribuem com estes esforços.